sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

O individuo na visão da Estruturalista, Burocracia, Sistemas e Neoclássicas

O individuo na visão da Estruturalista, Burocracia, Sistemas e Neoclássicas

Após termos verificado a visão do individuo na organização sobre a visão dos Clássicos e dos Humanistas, agora partiremos uma abordagem sobre os indivíduos sobre a visão das escolas que sucederem após as escolas Clássicas e humanas de forma a destaca os pontos mais importantes e ao mesmo tempo identificando os pontos de semelhanças e assim finalizaremos o estudo das visões das teorias da administração.

Quando falamos em estruturalismo focamos no estudo da organização em sentido amplo e integral, levando em conta todos os fatos que influem, tanto internos como externos, e submetendo-os a uma análise comparativa global, que implica em reconhecer que fenômenos organizacionais se interligam, interpenetram e interagem de tal modo que qualquer modificação ocorrida em uma parte da organização afeta todas as outras partes.

O estruturalismo, método desenvolvido na lingüística, que posteriormente invadiu as demais áreas de conhecimentos sociais, isto é, a economia, a sociologia, a teoria das organizações, a ciência política e a Psicologia, no qual, apresenta um método analítico comparativo.

Para o estruturalismo o conceito de sistema é de especial importância, pois, considera em sua analise o relacionamento das partes na construção do todo. A característica básica é o fato de que o todo é maior do que a simples soma das partes. O homem na sociedade moderna pertence a vários ambientes e universo de integração e enfrenta conflitos de papeis nos múltiplas situações que vivencia. Os estruturalistas vêem a organização como um sistema deliberadamente construído e em constante relação de intercâmbio com seu ambiente, a organização constitui uma parte de um sistema maior no qual está integrado a um sistema social.

Surge então, no estruturalismo a imagem do homem organizacional, que é concebido como um individuo flexível face as constantes mudanças; tolerante as frustrações para evitar o desgaste emocional; capacidade em adiar recompensas,para compensar o trabalho em detrimento o de preferências e vocações pessoais e permanente desejo de realização, garantindo a conformidade e cooperação com as normais que controlam o acesso as posições de carreira.

Burocracia é o trabalho baseado em papéis e documentos, movimentados em seqüência contínua entre as várias unidades componentes da estrutura organizacional. A burocracia surgiu com Max Weber e nasceu da necessidade de se organizar as empresas que cresceram em tamanho e complexidade. Segundo ele a divisão do trabalho era tarefas simples para qualquer pessoa se especializar em tempo mínimo.

Hierarquia e autoridade tornam-se a cadeia de comando com responsabilidades, deveres e privilégios específicos, as regras e padrões são decisões guiadas por regras, disciplina e controles. A racionalidade, seleção, promoção, adequação do desempenho do trabalho às qualificações, no qual a remuneração, “salário” não é suficiente para o indivíduo. Compromisso profissional no qual os administradores ganham salários fixos e não são donos dos negócios; gerente treinado para melhor qualificação e eficiência organizacional. A função da burocracia é objetivar o crescimento da produtividade, dá forma e conteúdo à organização, estabilidade por meio de regras, regulamentos e estruturas racionalizando as relações humanas.

Max Weber viu inúmeras razões para explicar o avanço da burocracia sobre as outras formas de associação, assim podemos citar algumas vantagens, como racionalidade em relação ao alcance dos objetivos da organização; Precisão na definição do cargo e na operação; Rapidez nas decisões; Univocidade de interpretação garantida pela regulamentação específica e escrita; iniformidade de rotinas e procedimentos que favorece a padronização; Continuidade da organização através da substituição do pessoal que é afastado; Redução do atrito entre as pessoas; Confiabilidade; Subordinação dos mais novos aos mais antigos; Constância nos processos; Existem benefícios sob o prisma das pessoas na organização.

Para Ludwing Von Bertalanffy a teoria geral dos sistemas surgiu da inter-relação e interdependência entre os componentes que formam um sistema e que é visto como totalidades integradas, sendo impossível estudar seus elementos isoladamente. Por isso um sistema constitui um todo técnico, dessa forma, qualquer mudança em uma das partes afetará todo o conjunto.

O individuo ao ingressar na organização obedecem às regras dos sistemas com o propósito de atingir as metas, Buscava-se uma teoria que fosse comum a todos os ramos da ciência e se pesquisavam os denominadores comuns para o estudo e abordagem dos sistemas vivos. Dentro de uma organização o individuo passa por quatro estágios, (adaptação, objetivos, integração, valores). Esses princípios são válidos e se aplicam a diferentes setores do conhecimento humano.

Dentro da visão dos sistemas temos como idéias centrais o homem funcional, que é vistos como individuo de comportamentos inter-relacionados, com uma grande tendência muito grande a enfatizar mais os papéis que as pessoas desempenham do que as próprias pessoas, entendendo-se papel como um conjunto de atividade associadas a um ponto específico do espaço organizacional, que se pode chamar cargo. Gerando assim um conflito de papeis. As expectativas de papel são em grande parte determinadas por um contexto organizacional mais amplo. Estrutura organizacional, especialização funcional, divisão de trabalho e o sistema formal de recompensas determinam grandemente o que uma pessoa deve fazer.

Por fim chegamos à teoria dos neoclássicos, que vai buscar sua inspiração às teorias clássicas readaptando alguns dos principais conceitos à época em que surge. Como o estudo das funções do gestor, sendo uma nova visão da função Inovação que passa a ser apresentada como preponderante. Esta idéia decorre da alteração fundamental introduzida pelos neoclássicos, que consiste na necessidade de conceitualizar a empresa já não totalmente como um sistema fechado, mas como um sistema que tem de adaptar-se à evolução dos mercados onde coloca os seus produtos.

A teoria Neoclássica dá ênfase aos aspectos práticos da administração, buscando resultados concretos e palpáveis, para que com isso possam pôr as coisas nos seus devidos lugares. Sua meta é alcançar objetivos e produzir resultados, baseiam-se na teoria clássica modernizando-a, porém são ecléticos, pois absorvem conteúdos de outras teorias, o administrador deve fazer o grupo alcançar seus objetivos em menos tempo e poucos recursos, com satisfação, planejando, orientando, dirigindo e controlando, pois o ser humano necessita de cooperação para alcançar seus objetivos. Todas as instituições são organizações e têm uma dimensão administrativa comum. Cada organização deve ser considerada sob o ponto de vista de eficácia e de eficiência, simultaneamente.

Eficácia é a medida do alcance de resultados, enquanto eficiência é a medida da utilização dos recursos nesse processo. Em termos econômicos, a eficácia da empresa refere-se à sua capacidade de satisfazer uma necessidade da sociedade por meio do suprimento de produtos (bens ou serviços), enquanto a eficiência é uma relação técnica entre entradas e saídas. Assim, a eficiência é uma relação entre custos e benefícios, ou seja, uma relação entre os recursos aplicados e o produto final obtido: é a razão entre esforço e resultado, entre despesa e receita, entre custo e benefício resultante. Contudo, nem sempre a eficácia e a eficiência andam de mãos dadas. Uma empresa pode ser eficiente em suas operações e pode não ser eficaz, ou vice-versa. Pode ser ineficiente em suas operações e, apesar disso, ser eficaz, muito embora a eficácia fosse bem melhor quando acompanhada da eficiência. Pode também não ser eficiente nem eficaz. O ideal seria uma empresa igualmente eficiente e eficaz, a qual se poderia dar o nome de excelente. O objetivo imediato e fundamental de toda organização é a produção de serviços. Para ser eficiente, a produção deve basear-se na divisão do trabalho, que nada mais é do que a maneira pela qual um processo complexo pode ser decomposto em uma série de pequenas tarefas que o constituem. A divisão do trabalho começou a ser praticada a partir da Revolução Industrial, provocando uma mudança radical no conceito de produção pela fabricação maciça por meio da máquina em substituição ao artesanato e da aplicação da especialização do trabalhador na linha de montagem. O importante era que cada pessoa produzisse a maior quantidade possível de unidades dentro de um padrão de qualidade, objetivo que somente poderia ser atingido por uma relativa automatização na atividade humana baseada na repetição constante da mesma tarefa.

Apartir dos fragmentos expostos, podemos entender então, que desde o inicio da teoria classica, os individuos e as organizações passaram por transformações e adaptações dentro das proposta oferecidas por cada escola que surgiu durante a historia, nas quais, cada escola em critica a outra, ou em adaptação a outra, e que todo este processo venho para o desenvolvimento da adminstração e que na maioria dos movimentos, não tinhamos administradores como proporssores das ideias centrais e sim socilogos e engenheiros, logo, concluimos que este processo de transformação que passou administração foi muito importante para a administração ser respeitada como um a ciência.